quarta-feira, 22 de julho de 2009

PELA manhã

Querido Timóteo,

Hoje mesmo vou lá buscar uma das inúmeras respostas que terei na vida. Sinto-me ansiosa, mas de uma ansiedade sorridente, que formiga o estômago. As manhãs deveriam ser assim mais vezes. Assim me sinto viva Timóteo, você me entende? Não sei ao certo se você entende, porque você me parece tão vivo sempre. Eu é que carrego esse aspecto de que parei de respirar por alguns minutos, quase como se tivesse esquecido de viver.
Acontece-me às vezes. Pensei se não era o caso de ir ao médico, mas como eu explicaria a ele que paro de respirar inconscientemente, porém com muita vontade? Os médicos não entendem muito destas coisas escondidas da alma, nem mesmo os que tratam dela!
E Joaninha Timóteo? Vai bem? Feliz com a nova vida a dois? Timóteo, ainda não consigo me imaginar dividindo vida com alguém. Será que nascí defeituosa?
Se sim peço-lhe perdão, ninguém merece ter uma amiga assim, como eu, que para de respirar e não divide quase nada!

Seja feliz Timóteo, e não se pareça comigo.

Grandes abraços, de saudade sempre!
Sua,
Tartaruguinha!

Um comentário:

  1. Que delicadesa! Textos curtos mais de enorme sensibilidade que toca o coração... essas pequenas coisas me comovem... parabéns minha pequena grande escritora-atriz-modelo-balairina e outras coisinhas mais!

    ResponderExcluir