domingo, 26 de julho de 2009

ausência

Meu pequeno Timóteo,

Perdoe-me mais uma vez. A ausência das minhas palavras para você decorrem do fato de nosso pequeno estranhamento, alguns dias atrás. Saí decidida a não mais ser sua amiga. Parece-me que minha alma estava cansada de você. Perdoe-me se puder. Não é fácil não poder falar qualquer coisa, mas eu não nascí com seu ouvido Timóteo. Qualquer coisa já é demais pra mim. Vinda de você então.
Confesso que não suportei o peso. É permitido sair correndo de uma amizade e tentar voltar correndo a ela novamente? Sim, porque passaram-se três quarteirões e eu fiquei com uma sensação de morte tomando meus olhos. Minha vida sem você, Timóteo, passa a ser uma ilha sem barcos. Temo por achar que para você eu seja apenas uma amiga que sai correndo quando escuta o que não lhe contenta. Um peso.
Timóteo se existir alguma coisa que eu possa fazer, me diga. Mas acredite, nesse tempo em que fiquei ausente de você, o silêncio foi a minha casa, e eu nem ousei falar comigo mesma!

Espero que tenha conseguido desenhar o tamanho de sua importância. Mas preocupa-me o fato de você não ligar para tamanhos e quantidades.

Se puder devolva-me sua voz.

Da sua ex futura quem sabe novamente
Tartaruga!

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