sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

desmedida

Meu querido,

Esse ano que se finda de maneira abrupta, e nos encaminha para uma correria desenfreada. Tento lutar contra sua fúria, andando a passos lentos, mas se torna impossível. Privo-me de estar mais perto de vocês, e de mandar-lhes mais vezes minhas palavras. Sim, fui também engolida pela correria.
Sinto-me feliz, por saber que em algum lugar do mundo, ainda existem duas pessoas que andam devagar, que amam devagar, que pensam devagar, que trabalham devagar. Duas pessoas que existem, na essência do termo, e que praticam o silêncio e o verbo, sem desproporção alguma.
A mim resta a desmedida total. Falo muito quando preciso e depois me calo por uma eternidade.

Beijos

Tartaruga [quem disse que é lenta? - antes fosse].

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