segunda-feira, 1 de agosto de 2011

leia-me

Timotinho,

Para não dizer que não mencionei mais minha "literatura" em nossas correspondências, outro dia mesmo meu pseudônimo invertido escreveu que "viver é um exercício de solidão no meio de um monte de gente". Sei que não lhe agradará. Que você vai julgar isso um tanto brega e romântico. Sei que não estou à altura de grandes palavras, mas me permita exercícios de grandeza, e lhe entrego em troca a minha humildade.
Não pretendo mais que esboçar minha alma. Ninguém precisa ler. Apenas você. E este esforço eu lhe cobro. Porque até mesmo as mais evoluídas relações exigem. Sendo assim posso lhe exigir aos baldes, já que a evolução passa longe de mim. Permita que eu lhe cobre, que eu lhe exija, que eu lhe ame desesperadamente e espere de você a melhor compreensão do mundo. Desse mundo que não tolera mais clichês Timotinho. Desse mundo onde as coisas são nomeadas e não são encontradas.
Leia minhas coisinhas. Sinta-se obrigado a me dar um retorno. Ame-me, mesmo que de mansinho. Faça-me íntegra em seus pensamentos. 

Da sua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário