segunda-feira, 28 de setembro de 2009

a nova flor

Timóteo meu querido,

Eu quis apressadamente respirar novos perfumes, e me dei conta do quão apressada fui! Você tinha razão, não era só porque meu jardim estava lindo, reflorescendo e distante das raízes de Raul, que eu deveria sair colocando novas flores, como se fosse isso o mais importante.
Eu deveria era curtir meu jardim lindo. Olhá-lo com todo o cuidado e ternura do mundo, como se ele, por si só, bastasse para uma eternidade!
Mas juro meu querido, que não foi necessidade, foi apenas um querer bem tão puro, que eu jurei, que desta vez, seria uma flor de perfume que invadiria a sala. Mas não viveu tanto tempo para isso. Agora meu amigo, eu juro, como jurei ontem para Joaninha, tão cedo não planto nenhuma flor nova, tão cedo não tento povoar meu jardim. Vou tratar de mantê-lo radiante, que é assim que ele brilha. E abrí-lo para vocês, meus lindos amigos, para que venham tomar um chá comigo, entre os perfumes destas flores silvestres que tanto cultivo!

Para terminar, devo confessar, que tamanha foi a minha surpresa, a chegar a conclusão, que Raul não me havia sido tão mal. Ele dizia verdades confusas, mas ainda sim eram verdades!
Timotinho, você não sabe o quanto eu estava querendo bem! Você não tem nem idéia!
Mas agora o vento levou embora, e as minhas asas me levaram ao céu!

Beijos!
Tartaruga sua!

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