sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

pertencimento

Meu querido,


Ando revoltadíssima. Meu corpo inteiro está em cólera. eu pertenço a um tipo de existência não classificável. Então é como se eu não pertencesse, embora eu me sinta muito pertencente. É como se, para sobreviver no mundo, eu precise passar engolindo minhas verdades, e meus pensamentos. E precise pisar falsamente no chão, para não acordar os que dizem se pertencer mais que os outros. É como se, para ser do mundo, eu, embora saiba algumas verdades, deva calar minha alma, e caminhar como se o que vomitam algumas bocas débeis e obsoletas, fossem as únicas verdades do mundo.

É essa a razão de minha revolta. Eu pertenço sim, e nem sempre eu quero guardar isso em segredo. O silêncio me é um estado muito digno, ficar calada não!

Não admito mais, Timotinho. Existem muitas pessoas ocas no mundo, e é destas que eu me defendo, pois elas, são autoras do que há de pior: o nada, absolutamente o nada, aquele nada que não move, que é inerte, e que morre sem cair no chão.


Beijos, da sua.

Um comentário:

  1. minha fofura... o que a pratica não faz né,,, vc ri de mim quando pergunto se vais publicar algo? o que falta? material tens... ja nem tem mais espaço na net... ta na hora de ir pro tradicional... um livro pra assinar pra mim bem assim... "tudo isso foi graças a vc" ,,,,,, dai tu me da dinheiro né! kkkkkkkkk te amo

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